Qual foi a sua primeira reação quando viu o termo inovação?
Todas as vezes que ideias inovadoras são apresentadas em reuniões algum elfo é libertado, mas não sem um pouco de luta, claro. Afinal, a inovação promete solucionar problemas e trazer resultados através da criatividade. Se você se sentiu desconfortável quando ouviu o termo, não se preocupe, nenhum elfo foi ferido nessa batalha, o estranhamento é natural e eu posso te mostrar porque você deve começar a pensar em inovar no seu negócio.
Inovar consiste em criar algo, estar em constante busca por soluções que facilitem processos, ou seja, otimizar o que já existe. E a inovação tecnológica utiliza ferramentas e metodologias que foram desenvolvidas após pesquisas ou investimentos para criar ou melhorar um produto, serviço ou processo.
Inovar não significa mudar a essência da empresa, mas impulsionar a mudança mantendo seus valores.
Os consumidores pedem que as empresas estejam alinhadas com as tendencias e estão sempre em busca de algo a mais. Sendo assim, ao ignorar a inovação, a empresa está perdendo oportunidades, lucrando menos e correndo o risco de perder relevância, o que pode fechar suas portas.
Mas, como saber o quanto a minha empresa é inovadora?
Através de uma análise detalhada da empresa, é possível entender qual sua posição no mercado e quais ações deverão ser tomadas para melhorias nos processos de inovação. Durante a análise, você deve avaliar:
- Maturidade de gestão da empresa;
- Mapear os esforços através dos drives da inovação: tecnologia, rede, dados, design e propósito;
- Mapear a essência da empresa e sua cultura organizacional.
Através dessas análises é possível entender onde estão concentrados os esforços da empresa e quais os pontos fortes e fracos poderão ser usados em um plano de ação.
“De forma simples, inovação significa permanecer relevante. Estamos em um momento de mudança sem precedentes.” – Stephen Shapiro, ex-especialista em inovação da Accenture.
Existem diferentes tipos de inovação, para Jack Nielson dois deles são: incremental e radical, podendo ser aplicadas a sistemas socioculturais, ecossistemas, modelos de negócios, de produtos, serviços, processos e organizações.
Podemos exemplificar a inovação incremental como ‘’melhorando nossas ações’’, que é a melhoria do quadro de soluções já existente na empresa. É uma abordagem muito usada por empresas e que se adapta a diversas estratégias de mercado.
Tenha em mente que inovação incremental não é melhoria contínua. Inovação causa impactos realmente expressivos e mensuráveis no faturamento da uma empresa, nos valores de produtos e serviços e na participação do mercado e fortalecimento da marca.
Já a inovação radial seria como ‘’fazer algo novo, nunca feito antes”, algo mais drástico e com apoio de uma mudança de estrutura, dependente de uma cultura focada em inovação para atender aos critérios de uma inovação radical:
A invenção deve ser nova: precisa ser diferente de invenções anteriores.
A invenção deve ser única: precisa ser diferente das invenções atuais.
A invenção deve ser adotada: ela precisa influenciar o conteúdo de futuras invenções.
Um ponto importante a ser considerado é a demora para resultados concretos, dependendo do tipo de inovação que sua empresa escolher. A inovação incremental apresenta resultados em pouco tempo, e a radical é um processo a longo prazo, pela demanda de uma mudança de cultura organizacional.
Com certeza você conhece cases de sucesso de inovação e, enquanto lia esse artigo, lembrou de algumas empresas que inovaram e aumentaram seu faturamento drasticamente. Mas, precisamos voltar um pouco e falar de empresas que não investiram em inovação na hora certa.
E quando a inovação é deixada de lado, o que acontece?
Na década de 90, a Kodak desenvolveu a câmera digital, mas com medo de perder as vendas dos modelos analógicos, que até então dominavam o mercado mundial, guardou o produto. Aos poucos, outras corporações lançaram câmeras digitais e a Kodak enfraqueceu e perdeu competitividade, indo contra a revolução digital que ela mesma tinha iniciado.
Uma marca destacada pelas inovações foi apagada pelo medo de assumir um risco, a Kodak engavetou uma ideia genial que a levou a falência em 2012.
Após duas décadas, a marca tenta se reposicionar no mercado e prometeu voltar com uma área focada na produção de ingredientes para medicamentos. Apostando na inovação radical para causar uma revolução de mercado, Kodak?
A BlackBerry também tinha todas as cartas para ser uma grande marca e se perdeu devido a experiência de usuário negativa. Nos anos 2000, os celulares Blackberry fizeram sucesso com seus teclados QWERTY e sistema operacional exclusivo, porém o touchscreen não agradava os usuários e a empresa começou a perder clientes. Quando a Apple e a Samsung lançaram seus primeiros smartphones com aplicativos e telas sensíveis ao toque, a Blackberry não conseguiu acompanhar e desapareceu.
Se você está no meio digital a alguns anos, acompanhou a ascensão do Yahoo no mercado de mídias digitais. Porém, assim como a Kodak, a empresa Yahoo optou por evitar riscos quando, em 1998, negou a compra da Google pela diminuição da oferta. Em 2007, a empresa perdeu espaço para Google, que dominou o mercado digital.
Essas são apenas algumas das muitas empresas que perderam espaço no mercado e na lembrança das pessoas por medo de inovar. Você lembrou de alguma história recente? Quais serão os próximos passos da inovação na sua empresa?
Autor(a)
Jessica Vieira
Estudante de marketing e data science com um all star amarelo, paixão por inovação e felinos. Meu principal objetivo é inspirar pessoas e conhecer o mundo através da transformação digital. Pegue sua xícara de café, vamos conversar sobre tecnologia?